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Número de Wolf

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O número de Wolf (também conhecido como número internacional de mancha solar, número relativo de mancha solar ou número de Zurique) é um valor que indica o número de manchas solares e grupos de manchas solares presentes na superfície do Sol.

A ideia de calcular o número de manchas solares se origina em Rudolf Wolf, em 1848,[1] em Zurique, Suíça, portanto o procedimento que ele iniciou leva o seu nome, ou o lugar onde estava. A combinação de manchas solares e de seus grupos é utilizada porque compensa variações na observação de pequenas manchas.

Este número tem sido coletado e tabulado por mais de 150 anos.[2] Eles indicaram que a atividade de manchas solares é cíclica e atinge seu máximo aproximadamente a cada 9,5 a 11 anos.[3] Este ciclo foi pela primeira vez percebido por Samuel Heinrich Schwabe em 1843.

Devido ao clima e à indisponibilidade de pesquisadores, “a” contagem de manchas solares é na verdade uma média das observações por múltiplas pessoas, em múltiplas locações e com equipamentos distintos, com um fator de correção k atribuído a cada observador, para compensar as diferentes habilidades em resolver pequenas manchas solares e a subjetiva divisão em grupos de manchas.[4]

O número relativo de manchas solares é calculado usando-se a fórmula (coletado como um índice diário de atividade de manchas solares):

Onde

é o número de manchas individuais,

é o número de grupos de manchas solares e


é um fator que varia com a locação e a instrumentação (também conhecido como fator de observatório ou coeficiente pessoal de redução ).[5]

Em 1º de julho de 2015, foi disponibilizada uma lista revisada e atualizada de números de manchas solares.[4][6] A maior diferença é um aumento geral por um fator de 1,6 para a série completa. Tradicionalmente, um peso de 0,6 era aplicado a todas as contagens de manchas solares depois de 1893, para compensar o melhor equipamento de Alfred Wolfer, depois de assumir o trabalho de Wolf. Este peso foi retirado da série revisada, deixando a contagem moderna mais próxima dos seus valores originais. Além disso, as contagens foram levemente reduzidas depois de 1947, para compensar a tendência de um novo método de contagem adotado naquele ano, segundo o qual as manchas solares recebem pesos de acordo com o seu tamanho.[4]

Entretanto, existem séries alternativas de números de manchas (grupos),[7][8][9][10] sugerindo comportamento diferente da atividade das manchas solares antes do século XX. Portanto, a variabilidade solar antes do século XX permanece bastante incerta.[11]

Referências

  1. «The Sun - History». 25 de novembro de 2001. Consultado em 8 de janeiro de 2012 
  2. SIDC, RWC Belgium, World Data Center for the Sunspot Index, Observatoire Royal de Belgique, 'year(s)-of-data'.
  3. Usando dados de SIDC dos últimos 300 anos em uma função rápida de transformada de Fourier, chega-se a um máximo médio de 10,4883 anos.
  4. a b c Clette, Frédéric; Svalgaard, Leif; Vaquero, José M.; Cliver, Edward W. «Revisiting the Sunspot Number». Space Science Reviews. 186 (1-4): 35–103. Bibcode:2014SSRv..186...35C. ISSN 0038-6308. arXiv:1407.3231Acessível livremente. doi:10.1007/s11214-014-0074-2. Em média, o número observado de manchas solares depois de 1945 é maior por um fator de 1,21 do que o valor esperado, de novo mostrando a influência de se pesarem as manchas solares de acordo com o seu tamanho, coincidindo com o domínio de Waldmeier 
  5. personal reduction coefficient K
  6. Switching to the new Sunspot Number (1 Julho 2015)
  7. Lockwood; et al. (2014). «Centennial variations in sunspot number, open solar flux, and streamer belt width: 1. Correction of the sunspot number record since 1874.». J. Geophys. Res. Space Phys. 119: 5172–5182. Bibcode:2014JGRA..119.5172L. doi:10.1002/2014JA019970 
  8. Svalgaard, Schatten (2016). «Reconstruction of the sunspot group number: the backbone method.». Solar Physics. 291: 2653. Bibcode:2016SoPh..291.2653S. arXiv:1506.00755Acessível livremente. doi:10.1007/s11207-015-0815-8 
  9. Usoskin; et al. (2016). «A new calibrated sunspot group series since 1749: statistics of active day fractions». Solar Physics. 291: 2685–2708. Bibcode:2016SoPh..291.2685U. arXiv:1512.06421Acessível livremente. doi:10.1007/s11207-015-0838-1 
  10. Chatzistergos; et al. (2017). «New reconstruction of the sunspot group numbers since 1739 using direct calibration and "backbone" methods». Astron. Astrophys. 602: A69. Bibcode:2017A&A...602A..69C. arXiv:1702.06183Acessível livremente. doi:10.1051/0004-6361/201630045 
  11. Usoskin, I. (2017). «A history of solar activity over millennia». Living Reviews in Solar Physics. 14: 3. Bibcode:2017LRSP...14....3U. arXiv:0810.3972Acessível livremente. doi:10.1007/s41116-017-0006-9